sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Dá pra entender? '-'

0 comentários

Quase todo o santo dia enquanto assisto algum programa na televisão, vejo alguma propaganda ou alguma reportagem nos alertando sobre os riscos que a natureza está sofrendo e que os culpados somos nós. E que a única maneira de reverter isso é a nossa ajuda, fazendo ou deixando de fazer pequenas coisas no dia-a-dia, que com o passar do tempo se acumulam tornando-se significativos como jogar o lixo no lixo e não desperdiçar água.
Já que todo mundo sabe tudo isso de decor e salteado, era de esperar que todos fizessem isso. Então, por que será que todas as vezes que saio às ruas vejo um monte de lixo espalhado pra lá e pra cá? E por que muitas pessoas insistem em fazer do local onde elas vivem um lixo, sendo que eles não são os únicos nesse mundo e há tantas outras pessoas compartilhando esse espaço, como as ruas por exemplo? Será eles nunca sentiram vergonha na cara de um dia estar dizendo palavras bonitas e no outro, estarem fazendo exatamente o contrário?
Ligamos a televisão e está passando no noticiário sobre uma enchente que matou dezenas de pessoas. Acusam o governo e todo mundo pela morte de alguém, mas não são nem capazes de assumirem a culpa. Calcula-se que 30% do lixo brasileiro fica espalhado pelas ruas e nem me pergunte como tudo isso foi parar lá. E você quer saber o que o lixo tem a ver com as enchentes? Simples: Algum ser com cérebro de minhoca joga o lixo no chão, que por sua vez entopi os bueiros impedindo a passagem de água por eles, resultando assim numa enchente que talvez irá tirar a moradia e até mesmo a vida de alguém.
É difícil nunca ter ouvido algo como “Eu não vou jogar o lixo no lixo não, porque não vai fazer diferença se eu, entre tantos milhões de pessoas, jogar ou não isso no chão”. Mas será que isso é realmente verdade? A partir do momento em que jogamos um papel no chão ou dizemos isso ao outro, estaremos mudando a maneira de pensar de alguém ajudando a aumentar pessoas desse tipo e assim, lixo nas ruas.
Um dia eu ouvi uma história e era assim... “Numa certa floresta, um enorme incêndio aumentava cada vez mais e mais, custando a vida de muitas plantas e animais. Muitos corriam dizendo ser impossível apagar o fogo e ajudar os outros e que o melhor a fazer era correr. Dentre os tantos bichos, havia uma diferente do resto. Era uma frágil abelha cujo corpo era tão pequeno como uma pétala de flor e tão corajosa como um leão. Carregando um balde um pouco maior que ela em suas patinhas, corria em direção ao fogo. Ao chegar, a abelha jogou rapidamente a água e se sentiu melhor ao fazer sua parte.”
Se todos fossem como essa abelha, independente de sua força ou inteligência, o mundo em que vivemos seria certamente melhor. Fazer uma boa ação não é somente ajudar os outros, é também a si mesmo. Se esforçar para o bem de algo, mesmo não sendo tão significante aos outros, é poder se sentir satisfeita e dormir de consciência limpa.